(Foto: Divulgação Família da vítima)
"Mesmo que pegasse 200 anos não iria apagar a dor no nosso peito". Esse é o desabafo de Georliton Alves a um dia do julgamento do acusado de matar seu pai atropelado em 2010, na BR-343, município de Piripiri, distante 157 km de Teresina. O caso é o primeiro homicídio no trânsito que vai a júri popular no Piauí. O réu é o locutor de rádio Ivan Carlos Carvalho Panichi, acusado de atropelar e matar o garçom João Antônio dos Santos, que era conhecido como "João Fideles", 68 anos.
Vítima era muito querida na cidade
"Mesmo que pegasse 200 anos não iria apagar a dor no nosso peito. Eu e mais dois irmãos vamos ficar do lado de fora para não atrapalhar o júri, pois não sabemos qual seria nossa reação ao ficar na frente do cara que tirou a vida do nosso pai. Estamos há sete anos esperando por Justiça. Em nenhum desses dias esquecemos do nosso pai, mas também não desistimos de lutar para que esse crime bárbaro não caísse no esquecimento. Agora, chegou a hora da sociedade se posicionar sobre o fato e punir o autor dele, que não sentiu o mínimo remorso ao matar um pai de família", disse Georliton Alves, filho da vítima.
O garçom era muito conhecido na cidade. Ele seguia em uma motocicleta quando foi surpreendido pelo acusado que invadiu a preferencial em uma camionete. O caso gerou grande comoção popular e teve repercussão nacional. Após o atropelamento, o acusado teria sido filmado em um bar ingerindo bebida alcoólica. As investigações da Polícia Civil apontaram ainda que no carro do locutor foram encontradas várias garrafas de bebidas. Fonte Cidadeverde.com